sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010


Enquanto o sol se arrasta lentamente pelo seu quarto, fazendo com que a cada minuto tudo se torne mais escuro, as sombras se tornam mais sombrias, e pela janela onde tudo se via, e agora parece nada se ver, seus últimos suspiros antes de adormecer parecem ser os mais profundos, sua alma se desprendendo de seu corpo, a noite carrega consigo seu frio, sua brisa, que aos poucos, envolvem aquele quarto, envolvem seu corpo, o vento que bate na janela faz com que as árvores do lado de fora dançem, e as sombras acompanham aquela dança, e seus olhos acompanham a dança, o relógio acompanha a dança, que por fim, faz com que sua mente acompanhe a dança, fazendo com que sua alma acompanhe a dança, até você acompanhar a dança e se desprender, desprender, e adormecer.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Como se o tempo estivesse desacelerado, e meu coração batia mais forte, segundos se transformam em minutos, minutos em horas, horas em dias. Minhas mãos tremiam, os arrepios se tornavam cada vez mais constantes. Minha boca secava, meus olhos brilhavam e meus joelhos pareciam fracos, fracos o suficiente para não aguentar meu corpo, então a sensação de leveza, meu corpo estava caindo, minha mente desestressando, um frio envolvendo meu pescoço, algo completava meu corpo, algo tão forte. Um cobertor de penas havia me cobrido, ouvia uma respiração tão funda e quente, seu traje era preto desbotado, aquele rosto tinha uma expressão severa, enquanto seus olhos deixavam transparecer sua pureza, você segurou minha mão com toda sua força, então observei o céu em nossa volta, voltei para seus olhos, você segurava minhas mãos com mais força. Senti um vento forte, um vento que vinha contra nós dois, sua mão estava se desprendendo da minha, tão lentamente, era tão forte. Não, eu não posso deixar que esse vento te leve, não denovo, eu mal conseguia lhe ver, o tempo acelerou, eu estava sem folego, eu suava frio, tentava gritar, mas algo me impedia, tudo escureceu. Acordei.