quarta-feira, 7 de julho de 2010

The next day


Entre todas as dores, de coração, de estômago, de cabeça... há uma, somente uma, que realmente dói, dói lá dentro, bem fundo. A dor do dia seguinte. A dor da realidade, quando você acorda e vê que nada foi sonho, como uma pancada, na hora parece não doer tanto assim, mas no dia seguinte é diferente. Passamos a vida toda nos iludindo com coisas do tipo ''O amor é permanente'', como diz Martha Medeiros na sua crônica O permanente e o provisório, e no final concluí ''Tudo é provisório, inclusive nós.''. Então acordamos para a vida, a gente é obrigado a aprender a viver de novo, algo do tipo ''with or without you''. A dor nos segue por alguns outros dias seguintes, mas passa. Sem se despedir, sem trancar a porta ou talvez desligar a luz, vai embora. Passa, como tudo na vida passa.