quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Enquanto você caminha pela rua, percebe estar caminhando por folhas secas, deixadas pelo vento. Mas agora você vê, que está tudo bem, desde que você não esteja olhando para trás, está tudo bem desde que continue caminhando até que os anos passem e você verá que não se preocupou com o passado. Este é seu novo disfarce, mas estará tudo bem desde que você esteja bem. Então vamos desabafar, botar para fora, o que continuamos mantendo dentro de nós, coisas que sabemos que não valem mais a pena serem quardadas. Então abra seus braços e sinta o vento bater contra você, não gaste o pouco de ar que ainda resta em seus pulmões. Mesmo que eles não reconheçam você, mesmo que digam que você anda pisando sobre rachaduras feitas por você mesmo, mesmo que tudo caia sobre você, continue caminhando. Pois nós sabiamos que algum dia teriamos que botar isso para fora...

Happy 2010!

domingo, 27 de dezembro de 2009


Se o fogo está apagado, como me manterei aquecida? Meu passado ao ir embora, deixou a porta aberta, agora estou presa a ele, completamente perdida no tempo, e o vento que entra por ela já não é mais agradável. Se pelo menos alguém pudesse fechá-la. Sei que nada poderia fazer você desistir, mas acredito que você tenha ido embora também. Agora que todos querem estar na liderança, não vão escutar o que tenho a dizer, meu protesto é pequeno e justo, mas acho que isso também não importa mais. Darei o primeiro passo, assim então poderei seguir em frente, esquecerei a porta, você e meus pequenos protestos, por que acho, ou melhor, tenho certeza que não fará bem relembrar coisas desse tipo.
Just smoke my cigarette and run.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Do lado de fora ainda podia se ouvir barulhos.
Mas finalmente, ao lado de dentro, era um silêncio absoluto.
Há muito tempo não me sentia tão bem com minha própia compania.
Apesar de estar trancada em meu quarto,
Parecia estar em plena liberdade.
Descubri ser feita pelo o que mais temia.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009


Um suspiro. Seus olhos se fecham. Abrem novamente. Outro suspiro.
Ele não queria pensar, se pensasse, logo choraria.
E se fosse apenas uma mera notalgia?
Não, não poderia ser.
Era um vazio tão grande, difícil descrever.
Estampado em seus olhos a imagem que era refletida
Pela longa e extensa paisagem da janela.
Talvez se pegasse no sono, esqueceria.
Um suspiro. Seus olhos se abrem. Fecham novamente. Outro suspiro.