sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Hopeless



       Pode ser que eu tenha deixado cair um pouco de esperança por esses becos e ruas estreitas por onde passei. Esperança perdida, que já não sei mais por onde foi ou por que se foi, mas espero que volte pra mim. Já passou a madrugada, e todos logo se levantarão junto com o sol, porque hoje certamente será um belo dia. Já há pássaros cantando, já há flores se abrindo, há uma brisa leve que traz notícias de uma noite perdida, mas, eu… eu? Ficarei aqui. Vou esperar, vou deixar o tempo passar, e talvez restaurar o que eu deixei escapar. Eu logo direi que foi um súbito desespero, e logo tudo estará no seu lugar… Mas quem dirá? Possivelmente, esquecerei essa dor, me levantarei, seguirei em frente, deixarei isso para trás, chegarei a rir disso… Mas, por enquanto? Ficarei aqui.

sábado, 10 de novembro de 2012

Harmony




        Há crianças brincando no parque ao lado e há uma certa harmonia no ar. Uma pacificidade ilimitada e despreocupada. Uma pacificidade que parece dançar ao som de uma bossa, dançando sobre nossas cabeças. Ela vai, seguindo o ritmo, resvalando na calçada e segue um pouco tonta pela rua, passando de casa em casa. Abrindo portas, ela traz todos para fora para ver o lindo dia que logo irá se pôr. Entrelaça e se curva pelas árvores do parque, contagiando suas folhas e influenciando cada uma a dançar junto com ela. Uma pacificidade que logo irá partir com o cair da noite, queria eu que fosse perene. Queria eu que ela se entranhasse na minha pele, grudasse em mim. Queria eu, que como um parasita ela viajasse em meu sangue. Queria eu nunca mais perdê-la.