segunda-feira, 5 de abril de 2010

runaway love

Desconfortavelmente deixava sua cabeça se apoiar no vidro á sua esquerda, o qual embaçava a cada suspiro seu, formando alguma figura que aos poucos desaparecia. Tentava criar alguma forma para tal figura, que teimava se formar em nada. Observando os carros através do vidro se deu conta que ja havia escurecido, apoiou seu braço contra a janela, deitou sua cabeça até finalmente se sentir mais confortável. Virando seus olhos novamente as figuras que se formavam no vidro devido sua respiração, levou sua mão direita a janela, desenhando delicadamente, em cima da pequena parte embaçada, um coração. Engraçado seria comparar aquela pequena liquefação, com o amor, engraçado, porém válido. Amor sem forma á formar, Amor que vai para voltar, Amor que vêm para partir, Amor belissimamente inútil, Amor inutilmente belo. Ah, Amor deformado de formas aparentemente tão bonitas, qual era mesmo seu destino?

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